O óbvio aconteceu. Um post decente no meio da merda a que normalmente estão habituados, e a pretalhada queixou-se. Surgiram vários boatos, em apenas dois dias: "O verdadeiro autor foi raptado por extraterrestres, e colocaram um clone educado à frente do blog", "Apaneleirou" é dos comentários mais comuns, "A subida do preço do petróleo deu-lhe cabo dos cornos" (algo que até pode ser verdade e sem dúvida vai ser comentado aqui), "Arma-se muito, mas não passa dum bonacheirão lamechas" ou "deve estar doente". É este o nível de ignorância dos meus leitores. Assim, sinto-me compelido a explicar, em termos leigos (português da 3ª classe com muita caralhada à mistura), a minha epifania.
Homem que é homem, sabe admitir quando está, ou pode estar, errado. A alternativa é fazer figura de parvo, algo que muitas vezes passa despercebido, mas apenas ao próprio.
Mais. Acredito num equilíbrio literário. No meio de toda a merda, tem que existir qualidade. Numa relação 1/10, evidentemente.
Posto isto, considerei importante dar a entender um pouco mais educadamente, a minha posição em relação a determinados assuntos, para que também, as pessoas mais cultas que por alguma razão lêm isto, não saiam daqui a pensar que sou desiquilibrado mental. Dá para perceber por todos os meus posts, que me preocupo muito com a imagem.
Outro ponto, que me parece ser relevante. Apesar de no último post não ter praguejado nem UMA (!) vez, quero deixar bem claro: qualidade não significa ausência de caralhada. A caralhada é, como todas as outras palavras, uma representante verbal para uma acção, objecto ou pessoa, e que muitas vezes consegue dar uma exactidão descritiva que uma palavra normal nunca conseguiria. Sou defensor do bom palavrão português, e considero hipócrita quem se recusa a utilizá-lo em público. É claro que há situações onde um homem se deve conter. Filha minha não há-de ouvir a primeira caralhada antes dos 30. Obviamente, nunca lerá este blog.
Friday, August 26, 2005
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