Vamos lá a ver se eu me lembro como se escreve nisto... Enfim, o tempo não tem dado para grande coisa, e toda a gente conhece os meus padrões elevados, não me vou por a escrever por escrever. É preciso o feeling.
Encontro-me neste momento numa formação, mas como tenho a mania que sou bom e já sei tudo, vim aqui dar umas blogadas.
Então, um dia destes, à já para aí uma semana, eis-me que sou convidado para uma festa académica (coisa que já não via desde os meus tempos de caloiro). É certo que sempre houve jantares de curso, mas a verdade é que desde o 2º ano que a malta cagava no resto do curso e ia jantar a outro lado, mais fino e educado. Cá misturas é que não!
Em todo o caso, resolvi aceder ao convite, veio de uma amiga de longa data, que de vez em quando lá lhe dá para me querer aturar. A noite começou bem. Ela tinha combinado com as suas amigas universitárias alcoolizadas um ponto de encontro de fácil acesso, onde deveriamos ter ido ter. Infelizmente, sendo, a minha amiga de Grândola, a sua amiga da Moita, e o ponto de encontro em Setúbal, nenhuma delas fazia assim grande ideia de como lá ir ter, mas o pior é que pensavam que sabiam. Então, lá seguimos cegamente as indicações da gaja da moita durante um bom bocado, correndo basicamente tudo o que era rua. Ela só tinha uma certeza: Era entre a Av. Todi e a praia de Albarquel (2-3 km). Um fininho.
Desistimos passado um pouco, afinal somos 2 pessoas com cursos superiores, e só fazemos certas figuras até determinado ponto. Fomos então ter com um amigo meu (este sim, de confiança) a um sítio conhecido.
À chegada, uma agradável surpresa: Outro amigo meu, no meio de um encontro caliente. Ele é assim como eu, um gajo sério, pouco dado a grandes palcos, apreciador da sua privacidade. Notou-se que ficou encaralhado. Mas isso tudo passou quando reparou na minha amiga (sendo eu um gajo comprometido, era limpinho que eu é que me deveria encaralhar), e automaticamente aquele sorriso típico do "já foste apanhado, cabrão" surgiu-lhe no rosto. No entanto, um olhar mais atento revelou exactamente o mesmo sorriso da minha parte, e logo concluiu que a minha saída tinha sido aprovada pela minha mais-que-tudo, e que só havia um encaralhado entre nós (sim, gosto deste termo, e adequa-se na perfeição). Mais ainda, quando surgiu o meu outro amigo, que havia combinado sair connosco, todas as esperanças de me ter apanhado dissiparam-se por completo.
O mesmo sorriso acompanhou-me até sair do bar.
Após mais um conjunto de indicações por parte da perdida-da-moita, aventuramo-nos novamente em busca do dito local da festa. Desta vez a coisa correu melhor. Mesmo ao longe já se via uma pequena multidão a juntar-se em frente a um pequeno spot, como que a marcar o sítio com um "X". Let The Party Begin!
Foda-se. 5 minutos lá e já me sentia um velho. Miudinhas e pirralhos acabadinhos de sair da primária, a emborcar imperial que nem gente crescida (Imperial a 50 cent. para eles, 1,50 € para mim, que não sou puto e portanto mereço ser assaltado), cada um capaz de fazer de irmão(ã) mais novo(a) de qualquer puto dos morangos. Maçaricos, dos pés à ponta das cristas. Não sabia que as creches também tinham festas académicas. Adiante.
Para todo o Mal existe o Bem, para todo o Yang existe o Yin, para cada 6 benfiquistas existe um lagarto, o universo encontra forma de se equilibrar. Então, surge o corpo veterano. Uma entrada magnífica. De porte imponente. Ninguém diria que já eram veteranos quando eu entrei para a universidade, e que 7 anos depois ainda estão no 3º ano. Mas ao menos, eram homens e mulheres! E toda a gente desistiu do olhar "morte-ao-adulto" em direcção à minha pessoa. Agora, eu era um deles.
Ao menos a música ainda era do meu tempo, igual à que se ouvia quando eu saia em puto. É sempre bom ver (ouvir, neste caso) valores que não se perdem.
Estava a coisa a correr bem, quando aquelas duas palavras demoníacas surgem da boca do alegado DJ: "KARA OKEEEE!". O choque seria maior, não fosse eu já ter sido avisado que tal catástrofe poderia acontecer.
Ora, foi por esta altura que se deu a desilusão da noite. A minha amiga (sóbria, é certo, o que não ajuda), recusou-se a acompanhar as suas colegas de turma numa interpretação histórica de "Ao limite eu vou" das Não-Me-Lembro. Uma verdadeira facada nas costas. Não se nega um gozo destes a ninguém.
E foi após este momento vergonhoso que tudo acabou.
A não esquecer.
Wednesday, October 25, 2006
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